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TEXTO 01
A metafísica da Modernidade 01
A modernidade tem com principal característica a razão, portanto a teoria do conhecimento.
Na idade média a razão será usada para questionar o conhecer, sendo assim terá duas vertentes:
“O racionalismo engloba as doutrinas que enfatizam o papel da razão no processo do conhecimento.”
“O empirismo é a tendência filosófica que enfatiza o papel da experiência sensível no processo do conhecimento.”
O principal representante, René Descartes, estabelece quatro regras para o pensamento racional, a analise, ordem, enumeração e evidência. Sendo assim havia três tipos de ideias as que nascem com a pessoa (inatas), que vieram de fora (adventícias) e as feitas e inventadas por nós (factícias).
Ao contrario do racionalismo, o empirismo enfatiza o papel dos sentidos e da experiência sensível no processo do conhecimento. Grosseteste e Bacon já realçavam a importância da ciência na humanidade.
Francis Bacon é conhecido como crítico da filosofia medieval, aspirava a um saber instrumental que possibilitasse o controle da natureza. Bacon critica a lógica aristotélica pois considera a dedução inadequada para o progresso da ciência. Ele inicia seu trabalho pela denúncia dos preconceitos e das noções falsas que dificultavam a razão que os chama de ídolos. São divididos em quatro : Os ídolos da tribo, da caverna, do mercado e do teatro. Portanto valoriza a experiencia de modo que se pode provar o que acontece.
John Locke critica a doutrina das ideias incertas de descartes, dizendo que o conhecimento começa a partir da experiencia sensível, distinguindo assim duas vertentes da origem de nossas ideias : a sensação e a reflexão. A sensação diz que podemos perceber coisas primarias e secundárias nas quais as primarias são objetivas e as secundarias subjetivas. Já a reflexão é reduzia da experiencia interna, resultante da experiencia externa, assim a razão reúne ideias que entram em conexão entre si, podendo vir a ficar de simples a complexas. Locke conclui que, ao contrário ao que Descartes diz, não podemos ter ideias claras e distintas.
David Hume diz que o conhecimento tem inicio a traves de cada pessoa, podendo ser impressões ou ideias, considerando que a única coisa a diferenciá-las é o modo que a pessoa interpreta a força e vivacidade que chegam a sua mente. O sentir se distingue do pensar pelo seu grau de intensidade. Portanto Hume conclui que a única base para as ideias ditas gerais é a crença, sem a certeza.
A Metafísica da Modernidade 02
As mudanças da modernidade
De fato estava sendo gestado um novo período na história ocidental, com mudanças de amplo espectro: sociais, políticas, morais, literárias, artísticas, científicas, religiosas e também filosóficas. A contraposição ao pensamento medieval estimulou a recuperação da cultura greco-latina, agora sem a intervenção da religião, o que denotava a laicização do pensamento, isto é, agora sem a intervenção da religião o indivíduo pode pensar por ele mesmo e, se quiser, não acreditar no que a igreja fala. SE antes o foco da reflexão era a teologia, na modernidade prevalece a visão antropocêntrica.
A questão do método
A revolução científica quebrou o modelo de inteligibilidade do aristotelismo e provocou o receio a novos enganos.
Até então os filósofos partia do problema do ser, na Idade Moderna voltam-se para as questões do conhecer. Antes perguntava-se: "Existe alguma coisa?" ; "Isto que existe, o que é?". Na Idade Moderna o problema não é saber se as coisas são, mas se nós podemos eventualmente conhecê-las. Portanto , as perguntas são outras: "O que é possível conhecer?"; "Qual o critério de certeza para saber se há adequação entre o pensamento e o objeto?" .
As soluções apresentadas a esse problema deram origem a duas correntes filosóficas, uma com ênfase na razão, outra no sentidos.
- o racionalismo : que engloba as doutrinas que enfatizam o papel da razão no processo do conhecimento. Seu principal representante foi René Descartes.
- o empirismo : tendência filosófica que enfatiza o papel da experiência sensível no processo do conhecimento. Seus principais representantes foram: Francis Bacon, John Locke e David Hume.
Racionalismo cartesiano: a dúvida metódica
Descartes é considerado o "pai da filosofia moderna", porque enfatizou a capacidade humana de construir o próprio conhecimento.
Seu propósito inicial foi encontrar um método tão seguro que o conduzisse a verdade indubitável. Como sabemos, esse conhecimento é inteiramente dominado pela inteligência- e não pelos sentidos- e baseado na ordem e na medida, o que lhe permite estabelecer cadeias de razões, para deduzir uma coisa de outra.
Para tanto, Descartes estabelece quatro regras:
- da evidência: acolher apenas o que parece ao espírito como ideia clara e distinta;
- da análise: dividir cada dificuldade em parcelas menores pra resolvê-las por partes;
- da ordem: conduzir por ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer pra só depois lançar-se aos mais compostos;
- da enumeração: fazer revisões para ter certeza de que nada foi omitido.
Cógito, ergo sum
Esse "eu" é ouro pensamento, uma res cogitans (um ser pensante). Portanto, é como se dissesse: "existo enquanto penso".
Para ir além dessa primeira intuição do cogito Descartes examina se haveria no espírito outras ideias igualmente claras e distintas. Distingue então três tipos de ideias:
- as que parecem terem "nascidos comigo" (inatas) ;
- as que "vieram de fora" (adventícias) ;
- as que foram "feitas e inventadas por mim mesmo" (factícias).
O cogito é uma ideia que não deriva do particular - não ´do tipo que "vêm de fora", formadas pela ação dos sentidos - nem tampouco é semelhante às que criamos pela imaginação, ao contrário, já se encontram no espírito, como fundamento para a apreensão de outras verdades.
Portanto, são ideias inatas, verdadeiras, não sujeitas a erro, pois vêm da razão.
A Ideia de Deus
Essa ideia de fato existe na mente, o que garante que represente algo real? Ou seja, Deus existe de fato?
Ora, a ideia de um Deus infinito faz pensar que a infinitude repousa na ideia de um ser perfeito.
Deus é a ideia de um ser perfeito; se um ser é perfeito, deve haver a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito. Portanto, ele existe.